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Bezos apoia uso de micro-organismos na produção de alimentos

Os cientistas estão há muito tempo interessados em um grupo de organismos microscópicos encontrados no Parque Nacional de Yellowstone. Esses micróbios prosperam a temperaturas extremas e podem se multiplicar de modo eficiente com recursos limitados. O feito inspirou uma empresa chamada Sustainable Bioproducts, que está replicando esse processo em laboratório e espera fazê-lo em grande escala.

Nesta segunda-feira, a startup com sede em Chicago anunciou que captou US$ 33 milhões para acelerar a pesquisa. A empresa de capital de risco 1955 Capital liderou a rodada, que também incluiu a Breakthrough Energy Ventures, um fundo de tecnologia focado no clima que é financiado por diversos bilionários, incluindo Jeff Bezos, da Amazon, e Bill Gates, da Microsoft. Michael Bloomberg, fundador e proprietário majoritário da Bloomberg LP, também é investidor do fundo.

A Sustainable Bioproducts informou que alimenta com componentes comuns dos alimentos, como amidos ou glicerina, os micro-organismos ricos em proteínas que então se multiplicam rapidamente. A proteína resultante, assim como a carne ou a soja, contém os nove aminoácidos considerados essenciais para a dieta humana. Mas o produto final não se parece necessariamente com a carne. "Pode ser algo meio semelhante à carne", disse Thomas Jonas, CEO da companhia. "Pode ser salgado e pode ser doce; pode ser líquido; pode ser parecido com o leite."

A carne produzida em laboratório é vista como uma galinha dos ovos de ouro tanto pelas grandes corporações de alimentos quanto pelos investidores dedicados à sustentabilidade. Ela promete uma maneira mais eficiente, mais humana e menos prejudicial ao meio ambiente de alimentar o mundo do que criar gado. A General Mills e a Tyson Foods se juntaram a capitalistas de risco como a Khosla Ventures para financiar novas empresas que desenvolvem hambúrgueres sintéticos ou de origem vegetal. Até agora, essa categoria ainda precisa ir além de um nicho de veganos do litoral dos EUA. Em parte, isso ocorre porque os produtos são caros, mas também porque muita gente continua cética em relação aos alimentos produzidos em laboratório.

Jonas e Mark Kozubal, cofundador da startup, nunca pretenderam fazer parte da busca pela imitação de carne. Jonas liderava uma divisão de bens de consumo em uma empresa de embalagens de produtos e Kozubal estudava geomicrobiologia na Universidade Estadual de Montana. Kozubal iniciou a empresa em 2013 para se concentrar em energia sustentável, e Jonas entrou logo depois. Não demorou muito tempo para que eles descobrissem uma oportunidade nos alimentos.

Os curiosos organismos de Yellowstone são conhecidos como extremófilos por sua capacidade de suportar as piscinas superaquecidas do parque dos EUA. Usando a pesquisa de Kozubal sobre esses micróbios como base para seu trabalho, a Sustainable Bioproducts espera ter um produto para vender dentro de dois anos, disse Jonas. "Esses extremófilos aprenderam a ser extremamente eficientes no uso de seus recursos", disse ele. "Eles são muito relevantes em um momento no tempo em que a humanidade já usa quantidades enormes de recursos para sustentar o modelo altamente ineficiente da proteína animal."

Andrew Chung, fundador da 1955 Capital, liderou o investimento na Sustainable Bioproducts, que foi fechado no ano passado. A empresa também conta com o apoio de grandes corporações do ramo de alimentos. A Danone, conglomerado de iogurte e proprietária da marca de água Evian, e a Archer-Daniels-Midland, gigante da agricultura, contribuíram com fundos nessa rodada.




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