Sob a gestão de Abilio Diniz, a reformulação da gestão da BRF chegou à revisão de processos gerenciais. Ontem (09), a indústria brasileira comunicou ao mercado que o diretor vice-presidente de finanças e relações com investidores, José Alexandre Carneiro Borges, e o vice-presidente de marketing, inovação e qualidade, Rodrigo Reghini Vieira, deixaram a companhia. As informações são do jornal Valor Econômico.

A reestruturação foi pauta de um discurso de Diniz em 2013, quando o executivo afirmou que a companhia “vivia torta, empurrada pela produção”. Em janeiro deste ano, quase quatro anos após assumir a presidência do conselho de administração da BRF, veio o reconhecimento de que aquele movimento pode ter ido longe demais. “Passamos a olhar muito mais o consumidor. Acho que isso é certo. Mas tem que ter equilíbrio. O consumidor puxa, mas você tem que sempre empurrar com a produção”, afirmou Abilio Diniz, em teleconferência com analistas na qual admitiu erros da gestão que contribuíram para a BRF amargar o primeiro prejuízo líquido anual da história – foram R$ 372 milhões em 2016.

A BRF, detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. A empresa possui mais de 105 mil funcionários, 35 unidades industriais no Brasil, 19 fábricas no exterior (10 na Argentina, uma no Reino Unido, uma na Holanda, cinco na Tailândia, uma nos Emirados Árabes Unidos e uma na Malásia) e 40 centros de distribuição. Atualmente, a companhia está presente em mais de 150 países.