O CEO da Cargill, David MacLennan, diz estar aberto a grandes aquisições em um momento em que a maior empresa de capital fechado dos EUA busca aproveitar a crescente demanda por proteínas alternativas.

A maior fornecedora mundial de carne moída e segunda maior processadora de carne bovina dos EUA planeja uma expansão com os chamados produtos de valor agregado, como probióticos e prebióticos, disse MacLennan, em entrevista gravada que será transmitida no mês que vem no programa Commodities Edge, da Bloomberg Television.

A maior conscientização dos consumidores americanos em relação à saúde aumenta a demanda por formas alternativas de proteínas, como carne produzida a partir de vegetais ou em laboratório. Como resultado, a Cargill, que tem sede em Minneapolis, pode ter de fazer aquisições excepcionalmente grandes para ampliar sua presença, disse ele.

"Não fazemos grandes aquisições, mas, se somar do ponto de vista estratégico, se for algo que consideramos que vai se encaixar rapidamente e se estiver em uma das áreas condizentes com nossa estratégia, estaremos dispostos a concretizar essas aquisições", disse MacLennan.

No ano passado, a Cargill comprou a Diamond V, uma empresa voltada a melhorar a nutrição, o desempenho e a segurança alimentar dos animais. No início de 2017, a companhia adquiriu uma participação na Memphis Meats, uma startup que produz carne bovina e frango a partir de células animais sem criar nem abater animais. Em 2015, comprou a EWOS, uma produtora de ração para a indústria do salmão, por cerca de US$ 1,5 bilhão, e em 2011 adquiriu a empresa de nutrição animal Provimi por cerca de US$ 2,2 bilhões.

Ainda assim, a empresa de classificação A não ficará com o balanço altamente alavancado para acomodar as transações.

"Estamos bastante subalavancados", disse MacLennan. "Eu meio que gosto que seja assim."