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Korin decide ampliar foco dos negócios

Uma das marcas mais conhecidas no segmento de alimentos orgânicos e livres de antibióticos ou promotores de crescimento animal, a Korin parte agora para uma nova estratégia comercial de reposicionamento de mercado. Com faturamento de R$ 140 milhões em 2017, a empresa dá os primeiros passos para ir além do nicho de alimentação saudável e se tornar uma empresa de agricultura natural - um espectro mais amplo de negócio que inclui o desenvolvimento e a comercialização de insumos para o campo e trabalhos de pesquisa e consultoria a terceiros.

Para tanto, a empresa paulista, com sede em Ipeúna, concluiu uma reorganização operacional que culminou com uma nova divisão em três unidades de negócio: a Korin Agropecuária, que engloba o portfólio de 235 produtos, entre carnes, embutidos, ovos, café, mel e cereais; a Korin Agricultura e Meio Ambiente, braço de pesquisa, consultoria e produção de insumos; e a Korin Administração de Franquias, com foco na expansão de lojas no país. As três divisões estão sob a holding Korin Empreendimentos e Participações.

A decisão visa dar fôlego a negócios promissores, mas que estavam até então "perdidos" no antigo modelo de gestão, diz Reginaldo Morikawa, diretor-superintendente da Korin. Além disso, a reorganização pretende racionalizar a complexidade fiscal - e reduzir custos com impostos - de uma empresa que já atua em vários Estados, com 1.965 pontos de venda e um leque de 350 agricultores, pecuaristas e apicultores parceiros.

"Está nascendo uma agricultura biológica, que vai além da orgânica. E estamos nos reorganizando com base na emergência desse novo modelo agrícola", afirma o executivo, chamado internamente de "Reverendo Morikawa", a posição máxima almejada na Igreja Messiânica, à qual a Korin é ligada.

Nesse contexto, a empresa pretende ampliar os esforços de desenvolvimento de produtos que atendam às necessidades contemporâneas do campo - ou seja, um plantio mais limpo, com opções ao uso excessivo de químicos no solo.

Antes mesmo da reorganização, a Korin já havia detectado essa tendência de mercado. Os defensivos agrícolas biológicos crescem de 10% a 12% no mundo, e 15% no Brasil. "O potencial de expansão é fantástico", diz Luiz Carlos Demattê Filho, ex-diretor industrial da Korin e agora CEO da divisão de Agricultura e Meio Ambiente da holding.

A Korin já desenvolveu 26 tipos de insumos considerados naturais. O primeiro e mais conhecido é o Bokashi, um fertilizante orgânico composto, cuja ideia foi trazida do Japão nos anos 1970 e colocada no mercado brasileiro pela Korin em 2002. A empresa também passou a trabalhar com aceleradores de compostagem (usado por exemplo, na palha dos canaviais e no tratamento de efluentes de frigoríficos), com probióticos ambientais (para o controle da emissão de amônia em granjas, entre outras funções) e, a partir deste ano, com uma linha de sementes de hortaliças. A divisão já fatura entre R$ 4 milhões a R$ 5 milhões por ano. A expectativa é que, agora como uma divisão independente e com a expansão de catálogo prevista, suba para R$ 8 milhões em 2018.

"Embarcamos nossa primeira carreta de biofertilizante para a Bolívia este mês", diz Morikawa.

Todas as sementes de hortaliças são produzidas em Ipeúna, em uma área de 172 hectares onde estão também a unidade de abate de frangos criados sem antibióticos e a produção de ovos gerados por galinhas que vivem soltas e com dieta vegetal - a imagem de saúde que deu à Korin a alcunha da marca "predileta de mães e pediatras".

As pesquisas, realizadas pela Fundação Mokiti Okada, da igreja messiânica, migraram para a Korin Agricultura e Meio Ambiente. À fundação caberá focar no papel social para seu rebanho no país, com cerca de 1,5 milhão de seguidores.

Carro-chefe da companhia, a Korin Agropecuária ainda responde pela maior parte da receita obtida. Mas é um segmento de alta competitividade, na medida em que outras marcas entram no segmento de produtos naturais, e de dificuldade dobrada para a Korin, que também persegue boas práticas sociais e bem-estar animal, rastreabilidade e mantém sete selos de certificação para os mercados nacional e exterior.

As apostas são sempre riscos tomados, nem sempre com um final feliz. Após um longo estudo de mercado para entrar no negócio de peixes amazônicos, a companhia voltou atrás por não conseguir garantir a rastreabilidade da cadeia, até o pescador. Morikawa explica que a garantia de inclusão social ou cumprimento de regras trabalhistas não foi obtida. Em outro revés, viu frustrado os planos de exportação de carne de frango. Foram apenas dois embarques a Hong Kong. Com a reviravolta na indústria nacional de frangos, após as operações da Polícia Federal, a empresa entrou no pacote de embargos à carne brasileira.

"Não podemos parar", diz o reverendo. "Se não deu certo agora com os peixes da Amazônia, vamos trabalhar com tilápias criadas sem hormônio, no Mato Grosso do Sul, e camarões do Ceará". O marketing nos consultórios ele já tem.




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