O que o termo Clean Label significa exatamente?

Pergunte para dez pessoas e você terá dez respostas diferentes.

Por outro lado, não há dúvidas que a demanda dos consumidores por produtos clean label atingiu um nível que as marcas alimentícias simplesmente não podem dar ao luxo de ignorá-la.

De acordo com o estudo da Nielsen de 2017 intitulado: Transparência está ganhando no mercado varejista dos Estados Unidos, as vendas globais do mercado clean label em 2015 alcançaram USD 62 bilhões na América do Norte e USD 165 bilhões globalmente, com uma previsão global para 2020 de USD 180 bilhões. De fato, as marcas alimentícias não estão deixando de atender essa demanda: em 2016 mais de 35% dos lançamentos de novos produtos foram posicionados como clean label.

Sem atenção para dietas, com atenção para “Clean Label”

A ideia do clean label existe há alguns anos. É um típico exemplo de um fenômeno que começou como uma tendência e, em vez de fracassar, se tornou um padrão para a indústria. Sua importância está baseada na popularidade da alimentação “clean”, uma expressão que ganhou fama a uns anos atrás e gradualmente substituiu a ideia de fazer dietas. Muitos consideram a palavra dieta sinônimo de regimentos alimentares insuportavelmente rigorosos, talvez bom como uma solução rápida, mas insustentável a longo prazo.

Os consumidores buscam um estilo de vida saudável e a alimentação clean é uma parte importante da sua jornada. Porém, não há definição exata do que é clean label. Até certo ponto, é inevitável que todos tenham suas próprias ideias sobre o que a alimentação saudável significa para eles. Por mais cientificamente questionável possa ser, nem tudo é completamente subjetivo. Esse tema existe há tempo suficiente possibilitando encontrar padrões entre diferentes visões de consumidores.

A anatomia do produto Clean Label perfeito

Simplificando, um alimento clean label é percebido como um alimento que usa ingredientes “clean” (puros).

Espontaneamente, a lista de ingredientes do rótulo é o centro da atenção. Esse é o caminho imediato, no qual os consumidores têm um raio X do produto e determinam pela sua compra.

Há alguns requisitos esperados pelos consumidores de uma lista de ingredientes clean:

• Pequena: Os consumidores querem alimentos naturais que foram minimamente processados. Antes de ler os ingredientes, os olhos dos consumidores gostam de observar o tamanho da lista, quanto menor, menos processado é o alimento.
• Fácil compreensão: 67% dos consumidores acham difícil compreender os nomes dos ingredientes. Simplificando o texto, marcas alimentícias podem ganhar vantagens competitivas sobre a concorrência.
• “Free from” ou “Livres de”: Uma alimentação clean também evita ingredientes pouco saudáveis. De acordo com a pesquisa Label Insight, no topo da lista de ingredientes mais indesejáveis estão xarope de alta frutose e adoçantes artificiais, seguidos de conservantes, corantes artificiais e aromas artificiais.
• Alegações saudáveis: Conforme pesquisa da Nielsen, os consumidores são influenciados por certas alegações nutricionais, como orgânicos, baixo açúcar e natural. Curiosamente, a gordura, que costumava ser o único ingrediente indesejável, é agora o nono colocado na lista.

Como podemos ver, as necessidades e expectativas dos consumidores mudaram muito. Não é porque as pessoas estão mais conscientes com a saúde agora, a ciência nutricional está provando que uma alimentação saudável não pode estar baseada em evitar (ou consumir) ou único nutriente, é o resultado de diferentes fatores.

Os rótulos alimentícios estão, naturalmente, se encaixando a isso. Enquanto antes uma embalagem atraente e a promessa de um bom sabor sem gordura eram suficientes para convencer os consumidores, agora há muito mais aspectos a serem considerados.

O perfeito exemplo de ingrediente “Clean”: Fibra de acácia

Não há outra possibilidade, para adotar uma política clean label, você precisa de ingredientes clean.

Primeiro de tudo, o que faz um produto clean label é o que não está lá: ingredientes, processos ou qualidades nutricionais que os consumidores não consideram saudáveis. Além disso, os consumidores também querem ingredientes com benefícios para a saúde.

Um ingrediente que se encaixa perfeitamente nessa descrição é a fibra de acácia. Se nós olharmos para todos os fatores que influenciam os consumidores, a fibra de acácia irá atender muitos parâmetros:

• É livre de gordura, baixo em açúcar e valor calórico. A fibra de acácia é um polissacarídeo, por isso não tem gordura naturalmente. Ela fornece 1,7 calorias por grama, menos da metade em relação ao açúcar de mesa (sacarose).
• Possui 90% de fibras solúveis (b.s) com alta tolerância digestiva (low FODMAP).
• É minimamente processada, livre de corantes e aromas artificiais. As etapas de fabricação não utilizam produtos químicos e já existem há séculos: dissolução em água, filtração, centrifugação, pasteurização e atomização.
• Atende a diferentes necessidades dietéticas: natural, vegetal, hipoalergênica, GMO free, possui certificado orgânico, Kosher e Halal.
• É colhido de forma sustentável . É outro fator importante para muitos consumidores. O princípio aqui é: o que é bom para o meio ambiente, é bom para mim. A fibra é um exsudado seco proveniente de caules e ramos de árvores de acácia, nenhuma árvore é cortada. A preservação das árvores é necessária para manter o cultivo e é uma fonte de renda importante para a população local.

Bom para os consumidores, bom para as marcas

A fibra de acácia não é apenas um ingrediente alimentício usado pelas suas propriedades tecnológicas. A percepção e necessidades dos consumidores mudaram consideravelmente nos últimos anos e a fibra de acácia está confortavelmente à vontade com essas mudanças. Ela naturalmente se encaixa num produto clean label e tem propriedades nutricionais saudáveis que os consumidores buscam ativamente nos produtos que compram.