VEGETARIANAS, VEGANAS, PLANT-BASED, ANÁLOGA?
Em qual categoria esse segmento vai se encaixar, ainda não importa!
Mas a discussão é boa, e se você não estava viajando para fora do planeta nestes últimos dias, semanas, meses... você foi impactado por alguma notícia sobre “carne” desenvolvida a base de planta.
Talvez sua entrada neste assunto se deu por meio de notícias (lendo, ouvindo ou assistindo...) sobre alguns membros do governo norte americano querendo proibir o uso da palavra “carne” em produtos que não sejam de origem animal, ou por matérias sobre empresários famosos de outros mercados como por exemplo, Jeff Bezos da Amazon - gigante de tecnologia norte americana– injetando grana neste sentido.
Futurólogos, especialistas em inovação e uma grande parte de profissionais do mercado de alimentos dizem que (SIM!) este é – provavelmente – o futuro da alimentação no mundo.
E ainda, que essa onda não tem mais volta... Estamos de olho!
Cenário externo
Já temos vários fabricantes gigantes de alimentos entrando nessa briga e apostando pesado neste novo “conceito”. Mesmo que, sempre com ar de Startups, essas empresas buscam levar aos consumidores algumas alternativas. Por enquanto mais forte no quesito hambúrgueres e similares.
Recentemente umas das precursoras nesse cenário, a Beyond Meat, em parceria com a rede de fast food KFC, lançaram frango frito vegetal.
Nuggets e asinha de frango (desossados deixando bem claro) feito de plantas, estarão disponíveis em caráter de teste em um restaurante do KFC nos EUA em Atlanta.
Já a NotCo - como dito acima, financiada por Jeff Bezos da Amazon, traz ao Brasil maionese feita com inteligência artificial.
Calma! Ele usa IA (inteligência artificial) para o desenvolvimento de seus produtos e não apenas na maionese.
A NotCo já tem uma linha de produtos livres de dizeres de rotulagens com origem animal. Eles já vendem maionese, carne e leite – e este não é nem de vaca (obvio!) nem da soja, dizem ser tudo a partir de plantas e com muita tecnologia empregada no desenvolvimento. Todos os produtos da marca levam o prefixo Not (não em inglês): NotMayo, para a maionese. NotMilk, para o leite. NotMeat, para a carne. Prometem - para muito breve - o sorvete feito desse leite.
A NotCo desembarca no Brasil ainda esse ano em uma parceria com o grupo GPA, por enquanto sem data específica.
A Unilever, também mira esse mercado dos hambúrgueres vegetarianos, e deixou mais claro a estratégia ao adquirir uma empresa holandesa chamada de The Vegetarian Butcher. Os produtos da marca são feitos a partir da mistura de proteína de soja e trigo, além de adotarem o conceito de clean label.
Outra gigante de alimentos que também mirou seu alvo para esse mercado, foi a Nestlé com o Incredible Burguer, produto feito à base de soja e proteína de trigo, que fará parte da linha Garden Gourmet. A empresa estima que em dez anos, a receita da linha vegana atinja a soma de US$ 1 bilhão.
Cenário interno
Aqui no mercado brasileiro a gente já consegue destacar – pelo menos - três grandes players no desenvolvimento destas opções.
A Superbom com o Burger Gourmet Vegan - um hambúrguer vegano com cheiro, sabor e textura semelhante ao de origem animal, no entanto, totalmente plant based por ser um hambúrguer à base de ervilha.
O Futuro Burguer - hambúrguer vegano da startup Fazenda Futuro, desenvolvido em parceria com o The Good Food Institute (GFI) - feito com ervilha, soja e grão de bico e promete ter sabor, aroma e textura similares ao hambúrguer bovino. Utilizando alta tecnologia para sua fabricação, o produto ainda possui beterraba para imitar a cor de sangue da carne bovina.
A Marfrig - umas das gigante da carne no Brasil - produzirá hambúrguer vegetal no país. O produto é desenvolvido em conjunto com uma empresa norte americana e deve ser lançado até o fim do ano. Vale lembrar que recentemente a Marfrig anunciou uma parceria com a rede Burger King Brasil, e seguindo a tendência internacional da rede desembarca no país o Rebel Whopper, sanduíches com carne vegetal que já está à venda na Suécia e a partir do dia 10 de setembro começa ser vendido por aqui.
Mercado para quando?
Futuro, tendência, incerteza, dúvida, previsão... são palavras que ainda permeiam bastante este assunto e ainda não conseguimos taxar se o momento para entrar nessa briga já passou, vai ser ou é agora.
Mas com certeza neste artigo apontamos inúmeros argumentos para provocação sobre esse mercado, e com tantos nomes de empresas de peso mostrando abertura para investimentos nessa área. Vale o estudo e a pesquisa - se esta é a sua onda... E se for, REMEEEE!