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Nestlé estuda formas de estimular as vendas de seus produtos

As grandes empresas de alimentos têm uma longa tradição de solidez econômica, com retornos financeiros estáveis mesmo em épocas difíceis. Nenhuma delas parecia mais sólida do que a Nestlé, com sede na cidade suíça de Vevey, à margem de um lago perto de picos cobertos de neve. Em 2016, em comemoração ao seu aniversário de 150 anos a Nestlé inaugurou um museu cheio de relíquias corporativas: as primeiras anotações sobre o leite condensado, um novo produto lançado no mercado, escritas à mão com tinta preta; uma lata antiga de Nescafé, usado como estimulante por soldados na Segunda Guerra Mundial; e uma das primeiras latas de Farinha Láctea, um alimento especial para crianças à base de cereais e leite lançado por Henri Nestlé, que em 1867 salvou a vida de um bebê prematuro.

Desde então, a Nestlé se consolidou como uma empresa multinacional de alimentos e nutrição. Em 2015, seu faturamento em 189 países foi de quase US$ 90 bilhões. Na avaliação da Nestlé, das 30 mil xícaras de café bebidas no mundo a cada segundo, o Nescafé é responsável por um quinto do consumo. Mas a empresa passa por um processo de mudança. Em 1º de janeiro um novo CEO, Ulf Mark Schneider (ver imagem), assumiu o cargo. Ele é o primeiro estranho ao ambiente corporativo do setor de alimentos a ocupar o cargo de executivo-chefe desde 1922, um profissional com experiência na área de saúde e não de vendas de barras de chocolate e pizza congelada, um sinal da preocupação da Nestlé com os rumos dos negócios.

Uma quantidade cada vez maior de consumidores está rejeitando alimentos industrializados que contêm açúcar, sal e conservantes. Nesse ínterim, diversas empresas menores, incentivadas pela facilidade de vender produtos online, estão oferecendo opções supostamente mais saudáveis.

Enquanto os gigantes do setor de alimentos atacam as empresas menores, outro inimigo está ganhando terreno. A 3G Capital, uma empresa de private equity brasileira, tem comprado grandes companhias de alimentos e bebidas, com um crescimento lento, e está reduzindo seus custos. Seus alvos incluíram as empresas Kraft e Heinz, que a 3G ajudou a fundir em 2015, assim como algumas das maiores fabricantes mundiais de cerveja. Outras empresas de alimentos estão se esforçando para cortar custos, a fim de evitar uma possível compra pela 3G. Essa situação provocou uma discussão se esses cortes prejudicavam ainda mais as perspectivas de crescimento das empresas ou, se era melhor reduzir os lucros e se adaptar à nova realidade de uma expansão menos consistente.

A Nestlé não está imune a essas pressões. Nos últimos anos muitas vezes a empresa não atingiu a meta de 5% a 6% do crescimento das vendas. Com exceção das aquisições, seu desempenho não atendeu às expectativas dos investidores em 11 dos últimos 17 trimestres. No trimestre mais recente, a empresa registrou um aumento de apenas 3,2% nas vendas.

As mudanças dos gostos dos consumidores e do cenário de varejo explicam algumas dessas dificuldades. A administração de um enorme portfólio de marcas, desde KitKat, Nespresso, da pizza DiGiorno e da ração Purina para cachorros está cada vez mais difícil. Schneider terá de investir no comércio eletrônico e na venda de suas marcas mais conhecidas. A empresa precisará convencer os clientes a pagarem mais por produtos especiais, uma vez que os comuns são vendidos com preços menores por grandes empresas alemãs de varejo, como Lidl e Aldi.




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