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Melitta cresce em ano difícil e projeta cenário mais positivo

Segundo Marcelo Del Nero Barbieri, presidente da Melitta para a América do Sul, excesso de oferta e conjuntura econômica afetaram o mercado em 2018

O ano do cinquentenário da multinacional alemã Melitta no Brasil ficará marcado como aquele em que a companhia de café, terceira maior do segmento no país, deu passos relevantes para consolidar seu crescimento no médio prazo. Mas 2018 deverá ser também o ano em que o faturamento da empresa no pais terá o avanço mais modesto em cinco anos.

Após registrar alta de 15% em 2017, o que a fez alcançar uma receita bruta de R$ 1,6 bilhão, a Melitta projeta fechar este ano com um aumento de 5% no faturamento, segundo seu presidente para a América do Sul, Marcelo Del Nero Barbieri. A média de crescimento do último quinquênio foi de 11%.

A despeito do avanço mais lento, a companhia crescerá enquanto o mercado de café no país deverá ter queda de 1% em valor, observa Barbieri, citando dados da empresa de pesquisas de mercado Kantar. "Continuamos crescendo em volume e em valor", acrescenta o executivo. O mercado de café em geral, que vinha registrando incrementos anuais de 4% em volume, em média, deverá crescer 1,8%, diz, mais uma vez citando estimativa da Kantar. "É um ano atípico. O mercado vinha crescendo em valor todo ano".

Para Barbieri, a principal razão para o crescimento mais tímido da receita é a maior oferta de café graças à safra recorde no Brasil – a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 60 milhões de sacas no ciclo 2018/19, que acabou de ser colhido no pais – e também à grande safra mundial. E essa maior disponibilidade derrubou os preços da matéria-prima num momento em que a economia ainda está pouco aquecida. "O cenário econômico também foi ruim", reconhece Barbieri.

Ele não revela números, mas afirma esperar que, em 2019, o faturamento da empresa volte a crescer dois dígitos, "em linha com anos anteriores". E esse avanço deverá vir da esperada recuperação da economia brasileira, assim como dos investimentos consolidados pela multi neste ano.

O mais importante deles foi a fábrica de Varginha (MG), que entrou em operação no mês passado numa das principais regiões de produção de café do pais. A companhia adquiriu a estrutura fabril em outubro de 2017 e fez adaptações para receber as linhas de produção e equipamentos, num investimento total da ordem de R$ 40 milhões.

Segundo a Melitta, a unidade no sul de Minas Gerais deverá gerar receita de R$ 200 milhões nos próximos quatro anos. "Em Varginha, vamos produzir todas as marcas da empresa", lembra Barbieri.

A fábrica tem capacidade para processar 500 mil sacas de café por ano, volume que deverá ser alcançada em quatro anos. Segundo o executivo, "esse volume é suficiente para comportar o crescimento planejado" para os próximos anos.

A diversificação geográfica, que favoreceu o avanço da empresa no ano passado, também deverá ajudar em 2019. Barbieri afirma que há alguns anos que a Melitta ainda era muito concentrada no Sul do país, onde também tem unidade. Mas se fortaleceu no Sudeste, especialmente após a aquisição das marcas mineiras Barão e Forte D+ no primeiro semestre de 2017.

Ele observa que o Sudeste representa mais da metade do consumo de café no Brasil, daí a importância de ter marcas fortes na região, assim como unidades de produção.

Outro movimento feito pela empresa este ano foi a entrada no mercado de cápsulas de café compatíveis como o sistema Nespresso, o que aconteceu bem mais tarde que suas concorrentes.

A Melitta também reforçou a aposta no segmento de cafés gourmet em 2018. A companhia já tem a linha Regiões Brasileiras, de cafés superiores, vendidos no varejo. E acaba de criar uma nova loja online para venda de cafés "supergourmet", moídos ou em grãos, e de acessórios para preparo de café. Os cafés de alta qualidade ofertados nesse canal são provenientes de microlotes das mais importantes regiões de produção de arábica no Brasil. "Este é um segmento que vem crescendo. É obrigação das indústrias oferecer essa opção ao consumidor", avalia Barbieri.

Com pouco mais de 10% do mercado de café em volume no Brasil – atrás de 3corações e Jacob Douwe Egberts (JDE), a Melitta sabe da importância das marcas regionais de café para seguir avançando num segmento tao pulverizado. Questionado se a empresa poderá fazer novas aquisições nesse sentido, como a realizada em 2017, Barbieri apenas diz que "sempre olha possibilidades". E acrescenta que há espaço para mais consolidação no Brasil, já que o mercado "é muito fracionado".

Além de Melitta, Barão e Forte D+, a empresa tem também a marca Bom Jesus. Suas fábricas para industrialização de café estão em Avaré (SP), Bom Jesus (RS) e em Varginha. Tem ainda unidade de filtros de papel em Guaíba (RS). A Melitta, que foi fundada há 110 anos na Alemanha, em 2017 faturou globalmente € 1,5 bilhão.




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