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Ashwagandha - A nova estrela entre os adaptógenos


O nome é desconhecido e até pode parecer meio estranho, mas trate de memorizá-lo, porque este ingrediente é uma estrela em ascensão nas categorias de controle do estresse e suporte do sono, com benefícios que se estendem à saúde imunológica e também à nutrição esportiva.

A ashwagandha (Withania somnifera), também conhecida como ginseng indiano, é um ingrediente com longa tradição ayurvédica e um crescente corpo de pesquisas. Trata-se de uma planta da família das Solanaceae, pequena, perene e arbustiva, que cresce de 35 a 75 cm de altura. Os seus ramos tomentosos se estendem radialmente a partir de uma haste central e suas folhas são verdes pálidas, elípticas, geralmente com até 10 a 12 cm de comprimento; as flores são pequenas, verdes e em forma de sino e o fruto maduro é vermelho-alaranjado.


A espécie, como o próprio nome indica, significa indutora de sono, em Latim. É cultivada em muitas regiões secas da Índia, sendo também encontrada no Nepal, China e Yemen.

A composição química da ashwagandha foi extensivamente estudada e mais de 35 constituintes foram identificados, extraídos e isolados. Em um apanhado geral, entre os constituintes químicos biologicamente ativos da Withania somnifera estão inclusos: alcaloides, lactonas esteroidais e saponinas.

Entre os ingredientes ativos que dão à ashwagandha as suas propriedades terapêuticas, estão os flavonóides, aos quais são atribuídos diversos efeitos biológicos que incluem propriedade antioxidante, ação anti-inflamatória, hormonal, anti-hemorrágica, antialérgica e anticâncer.

Outro componente encontrado na ashwagandha é o trietilenoglicol, que ajuda a promover relaxamento e sono adequado. Seu nome botânico "somnifera", a propósito, faz menção a esse aspecto.

A ashwagandha também contém vitaferina A (um vitanolido), que, segundo estudos, exerce efeito antiestresse, suporta ações imunomoduladoras, possui propriedades antifúngicas e oferece atividades hepatoprotetoras e antitumorais, entre outros benefícios.

À medida que a ashwagandha ganha um perfil entre os novos consumidores que estão se educando sobre opções naturais que suportam o estresse e o sono, o ingrediente também é líder de uma categoria crescente de ingredientes chamados adaptógenos.

Como o nome indica, os adaptógenos são ervas, ou cogumelos, que ajudam o corpo a se adaptar a fatores estressantes físicos e mentais, cuja exposição crônica pode ter impactos de longo prazo na saúde. Os adaptógenos abordam a ligação entre o estresse e a função imunológica. Na medicina Ayurveda, a ashwagandha é usada para apoiar o humor e tratar a ansiedade. Tem atividade ansiolítica, alivia o estresse e a ansiedade, e é um imunomodulador, que pode ajudar nas mudanças de humor.

Embora os adaptógenos não tenham uma definição clínica, o conceito já está abrindo caminho na indústria de produtos naturais há algum tempo. Ainda assim, apesar da sua presença crescente, o perfil da categoria de adaptógenos permanece pequeno em comparação com o da ashwagandha, que está se tornando cada vez mais popular como ingrediente.

Contribuindo para o desempenho das vendas de ashwagandha está o fato de que os consumidores sentem uma diferença ao usá-lo. A tradição ayurvédica da Ashwagandha é prova suficiente dos seus benefícios, mas há também um crescente corpo de pesquisa que dá credibilidade à erva. Estudos que se concentram na melhoria do desempenho atlético e na eficiência cardiorrespiratória geral abriram novas áreas de uso para a raiz da ashwagandha e seus suplementos.

Portanto, o sucesso da ashwagandha não se limita as categorias de suporte para sono ou estresse, mas abrange outras categorias populares, como saúde cardiovascular, nutrição esportiva e imunidade.

Ampliar a compreensão dos mecanismos desse ingrediente é uma área crucial, na qual o conhecimento científico da ashwagandha está avançando, envolvendo respostas biológicas que contribuem para vários benefícios à saúde.

Benefícios cientificamente comprovados

O estresse crônico e seus efeitos sobre o humor, sono e sobre a saúde geral tem sido um tópico de interesse crescente, que já vinha se manifestando e que se agravou com a pandemia da Covid-19. De acordo com o National Institute of Mental Health (NIMH - Instituto Nacional de Saúde Mental), o estresse crônico pode ser prejudicial para o sistema imunológico, digestivo, cardiovascular e sistema reprodutivo, apresentando sintomas principalmente digestivos, além de dores de cabeça, insônia, tristeza, raiva ou irritabilidade.

A ashwagandha é vista como uma planta saudável e apresenta uma longa lista de aplicações que fazem jus ao seu reconhecimento. Uma das características mais conhecidas da planta é a sua capacidade de funcionar como um medicamento natural contra o estresse e a ansiedade.

Em um estudo de 2009, publicado na PLoS One, a ashwagandha mostrou-se comparável às drogas farmacêuticas Lorazepam e Imipramina, sem os seus efeitos colaterais. Nesse estudo controlado de 12 semanas, 75 participantes com ansiedade foram divididos em dois grupos, sendo que um recebeu atendimento naturopata e o outro intervenção psicoterápica padronizada. O grupo de tratamento naturopata recebeu aconselhamento dietético, técnicas de relaxamento com respiração profunda, um multivitamínico padrão e 300mg de ashwagandha (obtido das raízes) duas vezes ao dia. O grupo de intervenção psicoterápica recebeu tratamento com psicoterapia, técnicas de relaxamento com respiração profunda e placebo duas vezes ao dia.
Após oito ou mais semanas, as pontuações de ansiedade reduziram em 56% no grupo de tratamento naturopata - que, dentre outras intervenções, oferecia ashwagandha - e em 30,5% no grupo da intervenção psicoterápica. Diferenças significativas entre os dois grupos também foram encontradas em saúde mental, concentração, fadiga, vitalidade, funcionamento social e qualidade de vida geral, com o grupo do tratamento naturopata apresentando maiores benefícios clínicos.

Outra pesquisa, publicada no Indian Journal of Psychological Medicine, mostrou que o consumo da raiz de ashwagandha reduziu substancialmente os níveis de cortisol em indivíduos com histórico de estresse crônico. Como já mencionado, a ashwagandha é classificada como um adaptógeno, portanto, o seu consumo regular ajuda o organismo a manter a homeostase, mesmo em momentos de estresse emocional ou físico.

A ashwagandha é tradicionalmente utilizada na Ayurveda como uma estratégia para melhorar a qualidade do sono, sendo que a literatura sugere que possui propriedades anti-ansiedade e anti-inflamatórias que podem ajudar no controle do estresse induzido pela privação de sono e danos funcionais associados. Um artigo de revisão publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine, em 2014, reforça as suas atividades antiestresse e anti-ansiedade.

A exposição prolongada ao estresse pode desequilibrar o estado mental e fisiológico, levando a outras doenças, como depressão, hipertensão arterial, doenças cardíacas e distúrbios metabólicos. Em um estudo experimental, realizado em animais, pesquisadores notaram que a ashwagandha exibia efeitos antidepressivos comparáveis aos da Imipramina, concluindo que pode ser usada como um estabilizador de humor em condições clínicas de ansiedade e depressão.

Estudos também mostraram que a ashwagandha pode aumentar a resistência durante a atividade física, aprimorando a função cerebral (concentração) e reduzindo a dor corporal. Um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo conduzido na Índia, em 2015, avaliou a eficácia dos extratos de ashwagandha no aumento da resistência cardiorrespiratória em 50 atletas adultos saudáveis.

Durante um teste de corrida de 20 minutos, o consumo de oxigênio no pico do esforço físico de cada participante foi medido. Os participantes também receberam um questionário sobre a sua saúde física, saúde psicológica, relações sociais e fatores ambientais para avaliar mudanças em sua qualidade de vida após o tratamento com ashwagandha.

Os pesquisadores observaram que o extrato de ashwagandha aumentou de modo mais acentuado a resistência cardiorrespiratória na 8ª e na 12ª semanas de tratamento, em comparação com o grupo placebo, apresentando também efeitos positivos sobre a qualidade de vida dos participantes. Segundo os autores, os resultados do estudo sugerem que o extrato da raiz de ashwagandha aumenta a resistência cardiorrespiratória e melhora a qualidade de vida em adultos saudáveis.

Em um estudo publicado no Journal of Ayurveda and Integrative Medicine, atletas ciclistas indianos foram escolhidos aleatoriamente e divididos igualmente em grupos experimentais e placebo. O grupo experimental recebeu cápsulas de ashwagandha (raízes) duas vezes ao dia durante oito semanas, enquanto o grupo placebo recebeu cápsulas de amido.

Primeiramente, em um teste específico aplicado aos ciclistas, foram avaliados capacidade aeróbica, equivalente metabólico, razão de troca respiratória e tempo total até o estágio de exaustão. Após oito semanas de suplementação, o teste foi novamente realizado e os resultados mostraram que houve melhora significativa no grupo experimental em todos os parâmetros. O grupo placebo, por sua vez, não mostrou qualquer mudança.

A ashwagandha também pode ser uma opção útil para individuos submetidas a treinamentos de resistência ou outras formas de exercício que exijam extensivamente dos músculos. Em um estudo de 2015, publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition, observou-se que a suplementação com ashwagandha está associada a aumentos significativos de massa muscular e força.

O estudo de oito semanas envolveu 57 homens com idades entre 18 e 50 anos, com pouca experiência em treinamentos de resistência. O grupo experimental consumiram 300mg de extrato de raiz de ashwagandha duas vezes por dia, já o grupo controle recebeu placebos contendo amido. Pesquisadores descobriram que o grupo da ashwagandha apresentou aumentos significativamente maiores na força muscular em exercícios de supino e extensão de pernas. Os homens desse grupo também apresentaram aumento expressivamente maior no tamanho dos músculos dos braços e peito, aumento expressivamente maior dos níveis de testosterona e diminuição expressivamente maior no percentual de gordura corporal.

Além dos benefícios específicos apresentados acima, evidências crescentes sugerem que a ashwagandha possui propriedades antitumorais, além de ajudar na melhoria da saúde cerebral, retardando a deterioração das células cerebrais em pessoas com demência, bem como promovendo a cognição, incluindo a memória.

À medida que novos consumidores buscam um medicamento natural para ajudá-los a lidar com o estresse e a má qualidade do sono, com certeza, a ashwagandha encontrará o seu caminho em produtos mais convencionais, em uma série de formatos e categorias.

Márcia Fani

Editora




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