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Desafios do controle de qualidade em tempos de pandemia

Com a pandemia, consumidores em todo o mundo passaram a ter mais cuidado e atenção com relação à sua saúde e às suas escolhas de consumo. E isso impacta diretamente as indústrias de alimentos e bebidas, demandando, entre outras coisas, uma gestão e controle de qualidade ainda mais rigorosos.

Nesse contexto, uma pesquisa recente verificou que a segurança alimentar e do alimento está no topo das preocupações para a maioria dos participantes consultados. Portanto, esse é um dos pilares em foco atualmente entre os desafios do controle de qualidade das indústrias.

"Espera-se que o aumento da preocupação do consumidor com esses aspectos não desapareça quando houver uma vacina definitiva para o novo Coronavírus. Provavelmente, continuará por muito tempo após o fim da pandemia. Os consumidores estão muito mais conscientes da sua saúde e segurança e dificilmente hesitarão em trocar de marca se acreditarem que uma traz mais segurança do que a outra", projeta Flaviana Pessoa, especialista em Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos.

Portanto, com a expectativa de que a segurança alimentar e dos alimentos será uma prioridade ainda maior nos próximos anos, destaca o papel ainda mais significativo que as práticas de controle de qualidade desempenharão para as empresas de alimentos e bebidas daqui para a frente.

Embora as boas práticas de fabricação (BPF) estejam há bastante tempo integradas à gestão e controle de qualidade das empresas, muitos colaboradores ainda relutam em aplicar determinadas práticas. Esse é um momento no qual as boas práticas higiênico-sanitárias estão em evidência. Por isso, é fundamental que as indústrias atuem para ter uma adesão mais completa de todos os protocolos estipulados.

Flaviana acredita que, de certo modo, a pandemia irá ajudar as empresas nesse desafio. "É possível que, com a pandemia, haja uma compreensão e adoção maior de práticas de higiene de forma consistente pelos funcionários das fábricas. Acredito que poderemos registrar uma diminuição nos índices de doenças veiculadas por alimentos (DVAs). Esses novos hábitos e normas recentes deverão ajudar as empresas a progredirem em sua cultura interna de segurança dos alimentos", prevê.

De acordo com indicações do Codex Alimentarius - programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) - é crucial que as empresas realizem treinamentos de atualização em Princípios de Higiene de Alimentos diante da pandemia, como ação para estimular a eliminação ou redução do risco de contaminação dos trabalhadores em superfícies, materiais de embalagem e outros itens das fábricas de alimentos e bebidas.

As práticas educativas da equipe são fundamentais para manter tanto colaboradores quanto ambientes e produtos seguros. Portanto, provê-las também é um dos desafios associados à gestão e ao controle de qualidade nesse momento.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 600 milhões - quase um em cada 10 pessoas no mundo - adoecem e cerca de 420.000 morrem de doenças transmitidas por alimentos e contaminação. E, embora seja altamente improvável que as pessoas possam se infectar com Covid-19 através dos alimentos ou embalagens de alimentos, os consumidores provavelmente permanecerão em alerta sobre a segurança dos alimentos no futuro.

Assim, para que os fabricantes de alimentos e bebidas mantenham a confiança e a fidelidade do seu público, será vital revisar e melhorar continuamente os sistemas de gestão de segurança alimentar e a cultura de segurança alimentar da organização.

A pandemia também colocou em um foco mais evidente a importância do controle microbiológico e das contaminações causadas por microorganismos. Aqui, novamente, as Boas Práticas de Fabricação mostram-se bastante relevantes. Um dos desafios do controle de qualidade em tempos de pandemia é, portanto, atuar para identificar, prevenir e rastrear os riscos microbiológicos na indústria de alimentos e bebidas.

Para isso, além das BPFs, revisar e seguir rigorosamente os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e as prescrições do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) são iniciativas essenciais. Há, também, tecnologias que auxiliam nisso, como as baseadas no sequenciamento de DNA, que proporcionam a detecção dos microorganismos dos produtos e, também, os eventualmente presentes nas instalações da empresa.

Um processo de fabricação que se utiliza da automatização pode oferecer diversos benefícios para o controle de qualidade de alimentos e bebidas, incluindo padronização, transparência, segurança do trabalhador, aumento da eficiência e redução de custos. A Internet das Coisas (IoT) é uma das tecnologias que pode contribuir nisso. Esses dispositivos automatizados são capazes de detectar problemas de controle de qualidade muito mais próximos da origem do que o trabalhador humano.

Além disso, as tecnologias de rastreabilidade também mostram-se cada vez mais relevantes para garantir e comunicar ao consumidor a eficiência do controle de qualidade dos produtos alimentícios. "Essa tecnologia permite que o consumidor acesse as provas de segurança, origem e autenticidade dos alimentos, o que pode ser essencial para que se sinta também seguro e satisfeito com a compra desses produtos", reforça a especialista.

Fonte: Food Connection




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